quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Olha o bassarino...

Foto para o album de família...Muito boa! Enviada pelo Eduardo da Papelândia. Valeu!

Sabe aquela do relógio novo?

Enviada por Zé Luiz, de Ribeirão Preto

Zé Luís preparou um belo jantar para apresentar seu novo apartamento para os amigos.
Lá pelas tantas, quase no fim do regabofe, observando um objeto estranho no fundo da sala, um dos amigos perguntou:
- Zé, o que é aquilo alí?
Ele respondeu:
-É o meu relógio novo!
-Estranho...Como é que ele funciona?
- É muito simples, disse o Zé levantando-se e arregaçando as mangas da camisa.
Aproximou-se do objeto, pegou um martelo e deu uma grande pancada no imenso gongo.
De repente, ouve-se um grito do outro lado da parede:
-Seu filho da p..., desgraçado! SÃO DUAS HORAS DA MANHÃ.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Previsão orçamentária para a Agricultura

Representantes do setor rural criticaram ontem a redução da previsão orçamentária para a Agricultura em 28% para 2007, em contraposição ao aumento das dotações para o Gabinete do Prefeito em 33% e da Câmara em 15%.
Deve ser uma maneira contábil de aconselhar a classe a diversificar a produção e, quem sabe, plantar batatas...

DÔE AS BESTEIRAS QUE VOCÊ NÃO USA MAIS!

O Váscoli está preparando uma nova seção para o Blog: a BESTEIROTECA
A Besteiroteca vai guardar dois tipos infames de piadas:
Besteira do tipo 1: Todas as piadas do tipo
"você sabe o que o X falou pro Y?"
Besteira do tipo 2: Todas as piadas do tipo:
" qual é a diferença entre Y e Z?"

Se você conhece alguma, mesmo aquelas que você nem tem coragem de contar, ou que você ache que já são velhas, mande para o vascoli@terra.com.br . Você não vai ganhar nada com isso, mas a gente promete não falar prá ninguém que você teve coragem de mandar aquela bobagem.
Se preferir, pode colocar como comentário no link abaixo.
DOAR NÃO DÓI. DOEM E PEÇAM PARA SEUS AMIGOS DOAREM AQUELAS BESTEIRAS QUE VOCÊ S CONHECEM E QUE NINGUÉM TEM MAIS PACIÊNCIA PARA ESCUTAR.

CHATO

No texto anterior, um velho resolve dispor da própria vida numa noite fria, escura e tempestuosa depois de confrontar seus sonhos com a realidade que vive. É um texto amargo e não tem graça nenhuma.

Mas depois da tempestade vem a bonança!

_Ou a enchente, disse o pessimista!

_Suma daqui, ô uruca! Hoje só queremos saber de otimismo, diversão e alegria.

_ É! Disse outro. E para celebrar a alegria nada melhor que uma boa anedota de Português!

_Mas o que adianta uma piada se o Stanley ou o Leo não estão aqui para contá-la pra gente? Não vai ter graça nenhuma!

Era ele de novo. Enchendo o saco da turma, com seu mau humor.

_Desaparece daqui, ô gangorra!

O pior é que o chato nunca se manca. Ele se acha um bom papo e uma ótima companhia.

O Osvaldo Montenegro, em uma de suas músicas, declara que todo chato é bonzinho e que você o reconhece quando, ao ser educado, diz para ele: _Passa lá em casa! E ele passa! Pergunta como ele tem passado e ele explica!

E ele continua ali cutucando a gente e falando tão de perto que você sente seu hálito e é atingido continuamente pelos pertigotos lançados junto com comentários inadequados.

E para surpresa geral, agora é ele, o chato, que começa a contar uma piada sem graça, que leu na besteiroteca do blog do Váscoli, e quando termina, ri sozinho e ainda pergunta, com ar de superioridade, já que ninguém riu.

_Não entenderam. E fica dizendo, _Hein? _Hein? Enquanto acerta o fígado de quem está ao seu lado com os cotovelos.

_Sai fora, ô desmancha rodinha!

_Calma, tenha um pouco de paciência, diz alguém. Ele é chato, mas até que é bonzinho!

Ta vendo como o Osvaldo tinha razão? Os chatos se multiplicam porque são tratados com indulgência. É uma praga que encontra um terreno fértil na compaixão humana. Estão por todo o lado, inclusive atrás de você. E passam a mão na sua bunda.

_Eu vou dar um pau nesse cara!

Mas quando você se vira ele já está do outro lado importunando outra pessoa com seu imenso repertório de chatices. Puxa a cueca de um, oferece cigarros que explodem, joga bolinhas de papel no decote das mulheres e puxa a cadeira quando alguém vai se sentar.

No fundo ele é um solitário que se diverte com as pequenas tragédias que provoca. Precisa das pessoas para compor as personagens de sua insípida cena diária. Comanda um pequeno show de humor onde ele é, a um tempo, diretor, ator e platéia. E como ele adora aplaudir a si mesmo!

Às vezes suas gracinhas passam do limite do tolerável e quando você ameaça esganá-lo com as próprias mãos, um amigo intercede e diz:

_Tenha paciência, podia ser pior!

_Impossível!

_Outro dia ele me convidou para assistir ao DVD do casamento dele!

_Eca!!!!!!!!!!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

domingo, 26 de novembro de 2006

Sai prá lá, pobreza!


Enquanto o Governo Brasileiro se esforça para distribuir laptops de cem dólares para escolas do país, tem Câmara de Vereadores por aí distribuindo notebooks de 5.ooo dólares. O presidente Lula bem que podia convocar os responsáveis para aprender um pouquinho de "competência gerencial". (Foto:IDG)




sábado, 25 de novembro de 2006

Leite B, não!

Um bem-humorado assessor do Prefeito Ataíde Vilela observou:
" Se chamavam o Terminal Urbano feito pela gestão passada na Praça Geraldo da Silva Maia de "barracão de Leite B", o que nós construimos tem que ser pelo menos de "leite longa-vida".

Sabe aquela do advogado em alta velocidade?

O advogado vinha pela rodovia em sua BMW novinha em folha, testando a potência do carro, quando foi parado por um guarda:
- O senhor estava em alta velocidade, muito acima do permitido. Por favor, sua habilitação e os documentos do carro.
O advogado retrucou:
- Seu guarda, meus documentos estão no porta-luvas. Mas eu não posso lhe mostrar porque acabei de cometer um assassinato e o senhor vai me prender...
- Senhor, por favor, abra este porta-luvas e me passe os documentos.
- Mas, seu guarda, se eu abrir o senhor vai encontrar lá a arma com que eu cometí o crime.
Desconfiado, o policial mandou que ele saísse do carro de mãos para cima e abrisse o porta-malas.
-Também não posso...É que o corpo da vítima que eu assassinei está lá.
O guarda insistiu, mas o advogado se negou definitivamente a abrir o porta-malas.
Diante da resistência, o guarda se viu obrigado a chamar o oficial superior.
O chefe chegou rápido, foi informado da situação e assumiu a abordagem:
- Por favor senhor. Preciso ver seus documentos.
- Pois não, oficial - disse o advogado. Abriu o porta-luvas, onde só estavam os documentos do carro e entregou ao policial chefe.
- Não tem uma arma aí? - perguntou o oficial.
- Não! Absolutamente. Pode verificar.
O oficial revistou e não encontrou nenhuma arma.
-Agora, faça a gentileza de abrir o porta-malas.
- Pois, não. Acionou o controle do carro e o porta-malas abriu-se suavemente.
O oficial olhou e viu um porta-malas vazio:
- Onde está o cadáver?
- Cadáver?! - perguntou cinicamente o advogado.
- Sim. O policial me disse que o senhor tinha cometido um assassinato, que trazia a arma no porta-luvas e guardava o corpo da vítima no porta-malas.
- Sei..Só falta ele ter lhe dito também que eu estava em alta velocidade....

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Suicidário

Por Magela Oliveira

Era noite e chovia. Torrencialmente. Uma noite densa e úmida, quebrada em pedaços por relâmpagos que desciam impiedosamente da escuridão que a tudo envolvia. O vento, em rajadas furiosas, espremia-se pelas frestas de portas e janelas, uivando desesperadamente pelos longos corredores, contaminando com seu hálito gélido a atmosfera fúnebre daquele lugar.

Tudo era solidão e abandono naquele velho e carcomido casarão. Nem mesmo os fantasmas que costumavam assombrar aquele lugar se dignaram aparecer naquela noite tempestuosa.

Dentro da mansão, que ameaçava ruir a cada ribombar dos trovões, um homem solitário ponderava serenamente se não seria esta a noite ideal para morrer.

Velho como tudo que havia ali, acompanhado apenas da tênue e bruxuleante chama de uma vela, ouviu, entre estrondos e relâmpagos, um estalido seco e cortante, como o som produzido por alguém pisando na tábua do assoalho próximo à porta da sala onde ele estava. Um frêmito percorreu sua espinha e os pêlos do corpo se eriçaram diante da perspectiva de haver mais alguém naquela casa.

Virou-se, tremulo, segurando o castiçal com uma das mãos e, levantando-o divisou um vulto à sua frente. Contrariando o que indicava o bom senso, com passos hesitantes, aproximou-se e distinguiu um homem sobriamente vestido, de feições severas e postura rígida. Ficaram ambos se fitando por instantes até que um arrepio de pavor percorreu-lhe o corpo todo fazendo tremeluzir ainda mais a chama da vela que segurava.

Lá fora a tempestade rugia furiosa e açoitava com violência as antigas paredes da mansão que demonstrava evidentes sinais de fadiga e submetia-se derrotada às forças naturais. Com a ajuda implacável do vento a água vencia os obstáculos e escorria fria pelas paredes molhando as quinquilharias e memórias amontoadas ali por anos a fio.

Sem perceber a derrota de sua fortaleza, ele continuava paralisado olhando fixamente o invasor sem acreditar no que via. Estava, inacreditavelmente, frente a frente consigo mesmo.

Há muito se habituara a conviver com fantasmas que assombravam velhas casas abandonadas e consciências culpadas, mas nunca enfrentara o fantasma de si mesmo. Questionou intimamente quem seria o fantasma ali; Aquela aparição elegantemente vestida, de aspecto dominante e olhar confiante, ou um velho pálido e vergado pelo tempo, enrolado em um puído robe de chambre, amargurado pelo abandono e entediado pela solidão.

Olhou novamente para os olhos da assombração e enxergou seus olhos de muitos anos atrás, quando mirava o futuro com otimismo e esperança. Compreendeu que o fantasma estava ali para mostrar-lhe o que fizera com seus planos, com suas crenças, com sua vida, enfim. Para mostrar-lhe quem ele fora e no que se tornara.

Assim como a mansão, seus móveis e utensílios, ele também não pertencia mais a este tempo. Tornaram-se todos anacrônicos.

Virou-se decidido e caminhou até o velho móvel de cuja gaveta sacou um revolver e lembrou-se de uma frase que ouvira em um filme: Morrer não é importante. Importante é como você morre.

Estufou o peito e endireitou sua postura, ajeitou o robe da melhor maneira que pode e ergueu altivamente o queixo. Mais uma vez olhou para si mesmo, desta vez com desdém; Havia novamente assumido o controle.

A trémula luz da vela iluminava o rosto de um homem quase feliz quando ele puxou o gatilho.

Lá fora um trovão medonho sacudiu a escuridão e ecoou indiferente pela noite afora.

Antes que o projétil atingisse o palato ele sentiu o cheiro penetrante da pólvora e tombou ensangüentado no chão encharcado da mansão. Uma misericordiosa lufada de vento apagou a débil chama da vela e a paz, finalmente, voltou a reinar naquele lugar.

É muleta!

Conforme o discurso do vice-prefeito Nelson Maia, a desculpa alegada pelo prefeito Ataíde Vilela para não comparecer à inauguração da nova Ala de internação da Santa Casa de Passos: motivos de saúde...

Manobra na Câmara de Passos


O vereador Marcos Antônio Marques da Silva, o Marquinho Salutti (PMDB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Legislativo passense, denunciou ontem uma manobra feita na Câmara Municipal de Passos de tirar a relatoria do projeto de lei orçamentária desta comissão. Com isso, o vereador Waldemar Ribeiro de Oliveira foi nomeado relator da matéria.
Leia a matéria completa no site da Folha da Manhâ ( www.folhadamanha.com.br)

Charge da concorrência

Cartoon premiado no Word Press Cartoon 2006, publicado no Pravda, pelo cartunista Druzhinin.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Para quem sabe ver, um rabisco é subtexto

Por Marco Túlio Costa, Escritor


O prefácio não é prefácil, pelo menos para mim. Parece um lance de humor o fato do Váscoli, que com um traço premeditado economiza mil palavras que poderiam ser ditas sobre um fato, pedir logo a mim, um escritor, que muitas vezes esbanja lá umas mil palavras para falar sobre um traço.
Interessante o fato de, no título, fazerem menção à História, pois à maioria das pessoas escapa o sentido duradouro, transcendente, histórico da charge, que é devorada no fast-food da informação cotidiana.
Vejam os jornais diários. As edições se sucedem mergulhando a todos num caldeirão de informações, fatos mal cozidos e escândalos bem temperados. Empanturradas de notícias, é nos bancos das praças, nas esquinas, nos balcões de botequins, aqui e ali, que as pessoas vão digerir isso tudo e tentar compreender seus próprios sentimentos sobre a sociedade, o mundo veloz e voraz.
Mas onde vamos captar, na imprensa, o sentimento geral a respeito do momento histórico, dos fatos marcantes estampados em manchetes e estendidos nas matérias? Abrimos os livros de História e, volta e meia, estão lá reproduzidas as charges que retrataram o sentimento, a reação de setores da sociedade a respeito de determinados eventos. A sátira, o humor, o deboche, presentes na charge, cumprem sua função de catarse, e ganham com o passar do tempo uma outra função, didática, esclarecedora, a respeito da relação de um povo com os fatos históricos.
Sob essa ótica (Ótica Oliveira, diria logo o Magela) a charge é a notícia em marcha-à-ré, da conseqüência ao fato. Primeiro eu berro, depois bato o martelo. Nasce na reação e leva a pensar sobre o fato. Nasce do público para o jornal e não vem do jornal para nós, como parece. Charge é notícia sobre o que sentimos, não é descoberta do mundo, mas encontro com o eu.
Sendo assim, a presença da charge do Váscoli, na Folha da Manhã, é nosso pequeno divã, revelador, espaço em que sacamos o quanto debochados nos portamos em relação a um fato, ou como fomos ácidos a respeito de outro. Por isso fez tanta falta quando se ausentou de nosso diário e foi tão festejado ao retornar.
Fazendo esse papel de mar que corre para o rio, que sobe cachoeira e vem para a fonte - que somos nós, os leitores - o Váscoli vem captando nossos sentimentos, transformando-os em traços e tiradas geniais, para se tornar um testemunho fundamental de nossa história: a história recente de nossa Passos, da região que gira em sua órbita, de Minas, do Brasil.
Por isso o título deste volume, tão aguardado por nós que sabíamos do projeto havia tantos anos, é também exato. Os traços que dão contorno à nossa comédia diária são parte de uma tirinha de jornal inacabada e inacabável, em que somos personagens e leitores, e a qual nos faz olhar para o passado com mais sensibilidade e tolerância. Compreendemos a força de nossos sentimentos, o ridículo de nossas convenções e rimos com indulgência de nossa natureza humana.
Para quem sabe ver a História, o traço marcante do Váscoli está cheio desse subtexto: mais que recordação de fatos históricos, já registrados nas matérias e colunas opinativas, é um acervo delicioso de nossa memória sentimental.